O poeta , a bailarina e muita Fé!
Redação – Ézio Freire   -   Edição _ Vera Marini

É sempre bom saber que existem novos compositores e poetas compondo novos Sambas para alegrar nossas pistas, dias e vida. O poeta Ézio Freire nos envia seu depoimento sobre dois Sambas que compôs. É um trabalho bem interessante e esperamos que nos renda mais composições.

“Quem nunca imaginou qual a mágica que acontece entre uma musa e um artista para que surja uma obra? Algumas relações de inspiração produzem tal beleza que simplesmente nos recusamos a acreditar que aquela representação possa ter vindo de uma pessoa comum!

Quem pode olhar para Monalisa e pensar que aquela mulher do quadro possa ser uma vizinha que você encontra ocasionalmente no elevador carregando as compras. Ou quem de nós imagina Helô Pinheiro caminhando pela orla de Ipanema misturada entre todas as outras transeuntes indistintamente quando ouve Garota de Ipanema?



Desde que conheci Adriana, minha namorada, meu olhar mudou e esses dois Sambas são apenas as primeiras músicas que faço embebido dessa inspiração inesgotável que ela me proporciona. Não quero soar arrogante por ter mencionado obras primas de gênios, não estou com isso me comparando a eles, mas vejo nestas músicas a mesma semente mágica que a inspiração provê.

No Samba “O Poeta e a Bailarina”, apenas narro esse efeito inspirador que Adriana me causa. A letra mostra a evolução da conquista que começa com um passeio de mãos dadas. Aquela troca de olhares que permite que as almas sejam visitadas e apresentadas. Então, finalmente, o beijo e o compartilhar de sonhos como partners, companheiros e cúmplices.

No Samba “Fé”, procurei me dirigir às pessoas que, como a Adriana, sentem essa paixão tamanha que a hipótese do fracasso ou erro sequer está no plano das possibilidades. Pessoas inspiradoras fazem com que acreditemos que o impossível é provável. Gravei este Samba também porque estamos vivendo dias difíceis e precisamos acreditar um pouco mais na conspiração boa do Universo.
 
Espero que gostem destas duas obras que não têm a pretensão de serem nada além de acalantos sobre Amor e Fé. Obrigado.”



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